Por: Reinaldo Paes Barreto /JB
Essencialmente, reafirmar a presença real de Cristo, no pão e no vinho consagrados. Essa tradição — a festa do Corpus Christi — foi instituída pelo Papa Urbano IV no dia 8 de Setembro de 1264 e traduz uma angústia dos cristão na Idade Média: conferir as liturgias. Tanto que é dessa época o costume de elevar a hóstia e o cálice de vinho, depois da consagração, para satisfazer a curiosidade daqueles que iam à igreja mais para ‘ver’ o Corpo e o Sangue de Cristo, do que para participar efetivamente da missa.
E esse costume, se estendeu para fora das Igrejas, ganhando as ruas, porque a Igreja percebeu que havia necessidade de dar mais visibilidade ainda à Eucaristia, incentivando a decoração de calçadas e a mobilização popular, enfim, de forma a tornar cada vez mais palpável a presença de Cristo. As procissões, que tiveram início ainda no século 13, em Colônia, na Alemanha, também ocupam papel central nas comemorações.
Por outro lado, a procissão de Corpus Christi é, de certa forma, uma parábola à caminhada do povo de Deus, peregrino, em busca da Terra Prometida. O Antigo Testamento diz que o povo peregrino foi alimentado com maná, (grãos do deserto) durante a travessia do povo de Israel rumo à terra prometida. Com a instituição da eucaristia o povo é alimentado com o próprio corpo de Cristo.
Por isso, a Igreja Católica celebra, em todo o mundo, na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade — 60 dias depois do domingo de Páscoa — a festa do Corpo e Sangue de Deus, popularmente chamada de Corpus Christi. Inclusive com a cerimônia condizida pelo próprio Papa, em Roma, na Basílica de São João Latrão, como esta com Francisco.
“Este é o momento de rememorarmos a herança mais preciosa deixada por Cristo, o sacramento da sua própria presença’, através da Eucaristia, disse ele.
Obs: segundo os textos no Novo Testamento, eucaristia é o rito cultual (sacramento e sacrifício) instituído por Jesus Cristo na última ceia no qual Ele mesmo se oferece a Deus e se comunga o Seu corpo e sangue em que se converteram substancialmente as espécies pão e vinho. Neste rito sacramental comemora-se a paixão e morte de Jesus. Vejam o esboço a carvão da Última Ceia, o célebre quadro de Leonardo da Vinci (século XV)
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