Foi preciso uma onda de protestos antirracistas nos Estados Unidos para despertar parte da sociedade branca que fecha os olhos diante da violência policial, se acostumou a banalizar o genocídio de jovens negros nas favelas ou a ser complacente com a ausência de representatividade em posições de destaque no Brasil.
Postado por Blog do ValentinA morte de um cachorro no Carrefour gerou mais indignação que a do jovem negro estrangulado no supermercado Extra. A cena do assassinato é dantesca;
Levantamento feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública aponta que a população negra é a maior vítima de homicídios no Brasil. Os negros representam 54% da população brasileira, mas são 71% das vítimas de assassinatos, ou seja, a cada 100 vítimas de assassinatos, 71 são negras; estudo demonstra, ainda, que enquanto o número de pessoas de cor branca assassinadas caiu 12% entre 205 e 2015, o de pessoas negras cresceu 18%
O ouvidor da Polícia Militar, Julio Cesar Neves, disse que ficou claro que a cena do crime foi descaracterizada, para que não se possa esclarecer o ocorrido
por Rodrigo Gomes,
(Fotos:Roberto Parizotti/CUT)
São Paulo – Com a Catedral da Sé cheia, artistas, jornalistas, militantes de direitos humanos e amigos do catador Ricardo Silva Nascimento, o Negão, assassinado com três tiros no dia 12, por um Policial Militar, no bairro de Pinheiros, zona oeste da capital paulista, cobraram justiça e o fim da corporação. “Quanto vale a vida de uma pessoa? Certamente mais que um pedação de pizza, mas também mais que um carro ou uma joia. Mais violência não vai gerar a paz. É a vida de uma pessoa que foi tirada. Não importa onde, nem por que. Não podemos aceitar isso”, disse o bispo auxiliar Dom Devair Araújo da Fonseca, que celebrou a missa na tarde desta quarta-feira (19).
Como Frantz Fanon, James Baldwin parece acreditar: brancos e negros “têm de se afastar das vozes desumanas de seus ancestrais respectivos, a fim de que nasça uma autêntica comunicação”
James Baldwin foi poeta e crítico social afro americano, nascido em Nova York em 1924. Tem nos romances suas críticas centrais acerca das diversas opressões daquele momento histórico, da luta por direitos civis nos Estados Unidos na década de 60. Baldwin, como a maioria dos negros e negras do mundo possui uma história de luta permeada pelo sofrimento desde infância. O documentário, que pretende ser uma biografia de Baldwin, relatando através de sua escrita e dos gestos irônicos que transparecem uma doçura e um bravio, tencionava mostrar as dificuldades do seu livro inacabado Remember this house, que seria uma história da América através das vidas de Martin Luther King, Jr. (1929-1968), o ativista dos direitos civis Medgar Evers (1925-1963), e Malcolm X (1925-1965), amigos de Baldwin, assassinados antes de completar 40 anos. O documentário é um daqueles que nos deixam inquietantes e com vergonha de viver em uma sociedade onde pessoas se auto destroem em nome de uma ojeriza ao outro, o diferente. Como dizia … Continue Lendo